segunda-feira, 23 de março de 2015

Pode o museu ser um jardim?

Desde pequenina que Serralves, o museu de arte contemporânea no Porto, me desperta a atenção. Não sei se pelo maravilhoso jardim envolto da fundação, se pela majestosa casa museu ou se simplesmente o museu em constante mudança me cativa. O certo, é que a última exposição que fui visitar a Serralves, que dá pelo nome de "Pode o museu ser um jardim?" me surpreendeu pela positiva e me cativou desde o primeiríssimo momento.



Como diz Francis Bacon,
"(...) Um jardim é o mais puro dos prazeres humanos. Não há nada de mais refrescante para a alma humana; sem jardim todos os edifícios e palácios não passam de obras grosseiras."
Henry Thoreau acrescenta,
"Porque é às vezes tão difícil decidir até onde vamos passear? Acredito que há na Natureza um subtil magnetismo e que ele nos leva, se inconscientemente lhe cedermos, ao sítio certo. Não é indiferente a direção que tomamos ao caminhar. O bom caminho existe, mas por descuido e estupidez somos muito atreitos a tomar o mau. Sentiríamos satisfação em escolher determinado passeio que nunca demos neste mundo real e é símbolo perfeito do caminho que gostaríamos de seguir no mundo interior e ideal; mas não há dúvida de que às vezes sentimos dificuldades em escolher a nossa direção por ainda a não termos na mente."  

A minha escolha de fim-de-semana é fácil e esta exposição sem dúvida não deve ser perdida. Pode ser visitada até 13 de Setembro de 2015, em Serralves. Nela podemos correr livremente, desfrutar do museu como se de um jardim se tratasse, soltar os cabelos e dançar ao vento. Tudo é permitido, basta escolher a nossa direção.

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