sábado, 25 de outubro de 2014

Uma questão de poupança: A hora de Verão!


Há imenso tempo que sinto o meu organismo tremer e ficar desregulado sempre que a hora de Verão muda, associado a isso, sinto-me mais abatida por ser Inverno. Nunca entendi porque tem a hora de ser alterada. Hoje li uma notícia no Sol que explica que é uma questão de poupança. Será a poupança significativa para tanto mal-estar?! Fica a dúvida...

O horário de Verão, que chega ao fim na madrugada deste domingo, dia 26, teve entre os seus principais impulsionadores Benjamin Franklin, então um cientista e inventor renomado que já tinha ganho um lugar na História como um dos pais fundadores dos EUA. Em 1784, Franklin defendeu num ensaio que a alteração da hora na Primavera (mais uma hora) permitiria uma poupança considerável nas velas, o principal meio de iluminação em todo o mundo antes da electricidade.A ideia, de que Franklin não era o único defensor mas de que era um dos principais impulsionadores, só viria a ganhar força mais de 100 anos depois, em plena I Guerra Mundial. Para poupar combustível, escasso e racionado na altura – tal como muitos outros bens essenciais –, a Alemanha e a Áustria resolveram prolongar a luz do dia ao alterar a hora na Primavera.Outros países adversários na contenda, entre os quais Portugal, seguir-lhes-iam o exemplo pouco depois. De resto, o nosso país só tinha ‘aderido’ ao fuso horário com a República, em 1911.A moda ‘pegou’ e às 2h da manhã de domingo os relógios deixam o horário de Verão, atrasando-se uma hora. A União Europa segue de modo uniforme, alterando as horas no Verão e no Inverno em simultâneo. Aliás, hoje não podemos decidir sozinhos sobre a nossa hora.Portugal (continental e Madeira, os Açores têm sempre uma hora a menos), alinhado com o chamado tempo universal, está no meridiano 0, o de Greenwich, partilha o mesmo horário com o Reino Unido e tem uma hora de diferença em relação ao horário da Europa Central. Se o quiséssemos alterar tínhamos que pedir autorização à autoridade competente da hora na UE.Quem está livre destes constrangimentos é a Rússia, que deixou de mudar a hora em 2011 – o que até levou a festejos na Crimeia quando a antiga província ucraniana foi anexada por Moscovo.Noutros continentes, a adopção da mudança de hora é desigual. Se, na época do primeiro conflito à escala mundial (1914-1918), a medida gerou vantagens económicas, hoje a sua utilidade é discutida. Um estudo norte-americano dos anos 70 limitava a poupança de electricidade a menos de 1% enquanto outro, mais recente, louvava as virtudes da hora de verão, pela extensão da luz durante o dia.
Somos um país de tendências, mas o certo é que se isto acabasse, sentir-me-ia muito mais feliz e de certo que festejaria como os russos! 

2 comentários:

  1. Já me tinha questionado sobre o porquê de se alterar a hora mas ainda não tinha pesquisado sobre o assunto.. Muito esclarecedor o que escreveste :). Eu odeio a hora de inverno... parece que os dias nunca rendem tanto..

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  2. O texto de pesquisa é da autoria do jornal sol, mas dá para entender. Eu todos os anos me questionava com a mudança de hora.

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